domingo, agosto 03, 2003
Daydreaming..
Andréa acordou suando frio, o ônibus quase chegando ao seu destino. Tinha adormecido e tido aquele sonho horrivel. Olhou para o homem sentado no banco a sua frente, ele parecida mal encarado. Ora! Era tudo culpa de Kaivoani, fora ele que a deixara assim, desconfiando de todos.
Ela puxou a corda e desceu os degraus rapidamente - agora que ela estava de tenis era mais facil andar por aquelas ruas esburacadas. Ela bateu a porta do apartamento, largou a bolsa e procurou alguma coisa para comer. Foi até a sala e ligou a TV, mas não estava prestando atenção.
Lembrou-se da conversa que tivera no dia anterior com Marcelo. Aquilo já não tinha saído de sua cabeça o dia todo, e a lembrança ficou ainda mais forte quando ele encontrou Kaiovani no supermercado. Se pudesse, ela certamente esqueceria os dois. Esqueceria Marcelo e aquela sua desculpa de que o irmão era alcoólatra, que a banda tinha sido criada para ajudar no tratamento, que a família sofria com aquilo, que era uma doença e blá blá blá. Então quer dizer que ela não sofrera sendo quase estuprada por um cara como ele? Ora! Tratamento era coisa pra se fazer em clínica e não em casa, colocando as outras pessoas em risco. E se pudesse também esqueceria Kaiovani, aquele idiota incapaz de se controlar e que a fizera passar por aquela experiência horrível! E ainda tivera cara de pau de ir vê-la no dia seguinte! Todo aquele papo de acompanhar até o carro, sei, murmurou ela para o bombril na antena da televisão.
A moçinha da novela das oito beijava seu namorado apaixonadamente enquanto ele acariciava seus cabelos perfeitos. Em seguida eles se encaram, seus rostos lindos e seus olhos verdes, suas roupas da moda e sua vidinha fútil. Andréa apertou um botão e a tela apagou. Talvez fosse hora de ir dormir e sonhar com uma vida em estilo novela, com seu gordinho simpático, a casa e o pôr-do-sol abraçadinhos.
Não foi difícil adormecer..
deh [7:26 PM]
sexta-feira, fevereiro 14, 2003
Capítulo 23 [TinHa aRma neNhuMa..]
“ Andréa levantou para ver kem pesava as pêras: era Kaiovani, com cara de ‘pelo amor de Deus, me desculpe!’, mas ela não disse nada. Estava trabalhando, e não discutiria assuntos pessoais ali, nem àquela hora. Fantástico, pensou ela, agora é só fazer cara de cachorro pidão e a Andréa perdoa e você vem e come a Andréa. Humpf, não, dessa vez não! A Andréa não vai dar pra ninguém!
Mas não foi preciso dizer isso a ele, que esperou pacientemente ela sair do serviço para aborda-la, delicadamente:
- Podemos conversar?
- Eu acho que não, Kaiovani.
- Espera aí, eu só queria te pedir desculpas. Quer dizer, eu sei que não vai apagar tudo o que eu fiz, mas é mais que minha obrigação fazer de tudo para você me desculpar, e te mostrar o quanto eu não queria que as cosias fossem deste jeito
- Tudo bem, desculpas aceitas. Agora deixa eu ir, antes que o meu ônibus passe.
- Eu vou até o ponto com você.
- Não, Kaiovani, é melhor não.
- Tudo bem. Só pensei que era o mínimo que eu podia fazer por você.
- Não é necesário.
E ela saiu, sem despedir-se: quando atravessava a praça, que estava às escuras, foi abordada por um cara alto e forte, que em menos de 5 minutos estava prestes a estupra-la, violenta e silenciosamente..”
deh [8:37 PM]
quinta-feira, fevereiro 13, 2003
Capítulo 22 [naUm, eU tE am0 mAis!..]
“Alfredo não conseguia acreditar naquilo. Estava sentado há quase duas horas naquele carro com dois americanos gays de vozinhas estridentes. Alfredo era preconceituoso, mas considerava o homosexualismo como doença, o que não o deixava menos irritado por estar tendo de andar quilômetros com aquelas duas galhas para mostrar uma casa enorme, que lhe daria um comissão suficiente para passar dois meses sem vender mais nada.
Andou mais um metro. Aquela fila estava realmente grande, e os ‘you know i love you’ ‘no i love you more’ de Dougg e Marx, sem esquecer do CD do Five que eles(as) colocaram para toca, estavam deixando Alfredo louco. O mínimo sinal de um posto de gasolina com loja de conveniências e ele encostou.
A intenção era dar um tempo do casal, mas eles o seguiram. Enquanto Alfredo comprava o mais rápido possível 3 tabletes de chicletes, eles demoravam-se escolhendo coisas para comer, uma bebida sofisticada e mais cara ainda, e aproveitavam para bater algumas fotos naquelas máquinas de mini-stickers. Alfredo respirava aliviado o ar poluído de gasolina e fumaça dos carros no engarrafamento. Meteu um chiclete na boca e pensou em andréa, e em como gostaria de estar com ela.”
deh [8:54 PM]
quarta-feira, fevereiro 12, 2003
Capítulo 21 [eNqUanTo iSsU..]
“ Alfredo quis desligar o telefone, mas não achou isso educado da sua parte.
- Ah. Oi Ângela. Tudo bem?
- Podia estar melhor, mas deixa pra lá. E você, como está?
- Por aqui tudo ótimo.
Houve um minuto de pausa e ela logo quebrou o silêncio:
- Eu estou te ligando a serviço. É que eu estou trabalhando na GRIFTTER&WHELLHANSHOWLN como arquiteta, e como eu estou há alguns anos fora do mercado, gostaria que você me desse algumas dicas sobre os tipos de imóveis que têm sido mais procurados e essas coisas assim.
Alfredo franziu o cenho. “Hmmm, sei.”, pensou ele, mas materializou isso em palavras. Até achou que poderia ser interessante mostrar a ela o quanto ele sabia a respeito, afinal, ela poderia lhe indicar para alguma venda. Então ele fez um breve relatório, falando a respeito das condições do mercado, da baixa nas vendas, nos aluguéis, na queda de turistas na temporada, nos problemas com o dólar, falta de infra-estrutura no abastecimento de água e ligação de esgoto; falou também de como as pessoas buscavam cada vez mais a casa própria, e como cada vez mais ela ficava distante, como as casas mais caras estavam sendo vendidas para migrantes das grandes e movimetnadas metróploes, e foi falando até ser indelicadamente interrompido:
- Bom, isso já está bom. Agora, mudando de assunto, você tem algo para fazer hoje a noite?
- Sim, marquei de mostrar uma casa a um casal de americanos que se mudaram pra cá a pouco tempo. Infelizmente não posso desmarcar. E agora, você me desculpe, mas eu tenho que ir ao meu escritório. Já estou atrasado.
- Nossa. Isso me pareceu meio indelicado.
- Impressão sua, Ângela.
- Já disse que pode me chamar de Gê. Acho que continuamos amigos, certo?
- Certo. – disse ele sem prensar, querendo apenas livrar-se dela. – Agora eu tenho mesmo que ir. Tchau.
- Tchau. Um beijo!
Mas não ouviu mais. Já tinha colocado o telefone no gancho. Olhou o relógio de pulos: merda! Atrasado de novo. Pegou a chave do carro e saiu. Enquanto dirigia, pensava em tudo que ainda tinha que fazer, como mostrar a casa aos americanos (ele não mentira para ela), ir ao supermercado, arrumar a sua mesa, e essas coisas assim. Puxa vida!, lembrou-se de que não poderia ir ao bar ver Andréa hoje.
deh [9:11 PM]
terça-feira, fevereiro 11, 2003
Capítulo 19 [c0mplicaçõEs?]
“ Andréa sentiu ele afrouxar sua mão ao redor de seus pulos, e o envolveu com os braços, começando uma série de carícias. Por um instante ela pensou em desistir do plano, mas logo se lembrou de Alfredo, e decidiu continuar em frente. Ao notar que Kaiovani já estava excitado, e que em breve ia querer chegar aos finalmentes, tentando ser o mais sexy possível, coisa que apesar de natural ficava difícil numa situação como aquela, ela pediu com um sussurro ao pé do ouvido:
- A camisinha..
Ele parou, enfiou a mão no bolso de trás da calça e tirou um pacotinho, que ela fez questão de abrir e colocar, enquanto continuava a acaricia-lo. Na hora em que ela sentiu que ele ia ter o orgasmo, Andréa juntou todas suas forças e empurrou-o. Ele, que já estava com as calças no joelho, desequilibrou-se e caiu. Ela subiu suas calças o mais rápido que pode e correu, enquanto fechava o zíper e o botão. Kaiovani levantou-se, um pouco mais lento, e demorou um pouco para conseguir fechar as calças, até passar a excitação. Não conseguiu correr, estava esgotado fisicamente.
Andréa correu em direção ao mercado, entrou no bar e foi direto ao banheiro. Sentou-se e chorou. Dentro dela, um turbilhão de sentimentos se misturavam: alívio por ter conseguido escapar, medo do que poderia ter acontecido, raiva de si mesma por causar essa impressão de fácil aos homens ao seu redor, tesão por tudo que acontecera, solidão, por lembrar de como fora bom voltar para casa na companhia de Alfredo. Tudo isso lhe causava uma enorme confusão na cabeça, pois ela não sabia mais como agir. Ela gostava de transar, óbvio, mas agora percebia como era só isso que queriam todos os caras que se aproximavam dela; ela não era um objeto, não queria sê-lo apenas por gostar de sexo. Aliás, agora se condenava por isso, julgando ser uma ninfomaníaca, uma depravada, pensando que talvez uma prostituta fizesse menos sexo do que ela. Seu choro aumentou.
Uma senhora entrou no banheiro e a flagrou em meio àquelas lágrimas. Era baixa e magricela, de cabelos compridos e cacheados, por volta dos 40 anos.
- Ora, querida, o que aconteceu? O que faz uma bela moça como você sentada nesse chão frio, numa noite linda como essa?
Andréa ergue os olhos, notando a presença da mulher. Deparou-se com um sorriso de dentes pequeninos e grandes olhos amendoados, que lhe transmitiam simpatia e segurança. Ela estendeu a mão e a moça levantou, encostando-se na parede, os olhos baixos.
- Não quer conversar sobre isso? – perguntou a senhora, com voz amável.
Andréa abraçou Augusta com força, imaginando-se nos braços da mãe, e sentiu-se uma adolescente desamparada. Aos poucos, com o carinho que a mulher lhe fazia nos cabelos, Andréa foi se acalmando, parou de chorar e finalmente desenlaçou-se da mulher.
- Desculpe, - ela começou, sem saber como terminar.
- Ora, o que é isso, querida. Vamos lave o rosto, seus olhos estão inchados.
Andréa o fez, sem pensar em nada. Não conseguia mais pensar em nada. Arrumou os cabelos e ia saindo do banheiro quando Augusta a chamou:
- O zíper, querida. Não vai querer sair com ele aberto, vai? – e riu meigamente, parecendo encabulada.
Andréa puxou o fecho para cima e saiu. Olhou em volta para ver se alguém notara sua chegada estrondosa e nem um pouco discreta. Aparentemente ninguém. Sentou-se num banco bem no canto do bar e pediu um drinque forte. Ainda estava com as mãos tremendo, e agora, saindo dos aconchegantes braços ‘maternos’, aquelas cenas de há pouco voltavam a passar incessantemente em sua cabeça. Verificou que ainda estava com a bolsa, pois por sorte, naquele dia, resolvera ir com aquelas bolsas de duas alças, estilo mochila, que não precisara tirar quando tudo aquilo aconteceu.
A vodca desceu quente e escorregadia, e embora o álcool não tivesse anestesiado o cérebro, ela não pediu outra dose. Ficou ali sentada, olhando aquelas poucas pessoas, enconstada na parede, pensando em como faria para chegar ao carro.
- O que houve? Eu vi você correndo lá rua, aconteceu alguma coisa?
Era Marcelo Krupits.
deh [9:15 AM]
domingo, fevereiro 09, 2003
Capítulo 19 [c0mplicaçõEs?]
“ Andréa sentiu ele afrouxar sua mão ao redor de seus pulos, e o envolveu com os braços, começando uma série de carícias. Por um instante ela pensou em desistir do plano, mas logo se lembrou de Alfredo, e decidiu continuar em frente. Ao notar que Kaiovani já estava excitado, e que em breve ia querer chegar aos finalmentes, tentando ser o mais sexy possível, coisa que apesar de natural ficava difícil numa situação como aquela, ela pediu com um sussurro ao pé do ouvido:
- A camisinha..
Ele parou, enfiou a mão no bolso de trás da calça e tirou um pacotinho, que ela fez questão de abrir e colocar, enquanto continuava a acaricia-lo. Na hora em que ela sentiu que ele ia ter o orgasmo, Andréa juntou todas suas forças e empurrou-o. Ele, que já estava com as calças no joelho, desequilibrou-se e caiu. Ela subiu suas calças o mais rápido que pode e correu, enquanto fechava o zíper e o botão. Kaiovani levantou-se, um pouco mais lento, e demorou um pouco para conseguir fechar as calças, até passar a excitação. Não conseguiu correr, estava esgotado fisicamente.
Andréa correu em direção ao mercado, entrou no bar e foi direto ao banheiro. Sentou-se e chorou. Dentro dela, um turbilhão de sentimentos se misturavam: alívio por ter conseguido escapar, medo do que poderia ter acontecido, raiva de si mesma por causar essa impressão de fácil aos homens ao seu redor, tesão por tudo que acontecera, solidão, por lembrar de como fora bom voltar para casa na companhia de Alfredo. Tudo isso lhe causava uma enorme confusão na cabeça, pois ela não sabia mais como agir. Ela gostava de transar, óbvio, mas agora percebia como era só isso que queriam todos os caras que se aproximavam dela; ela não era um objeto, não queria sê-lo apenas por gostar de sexo. Aliás, agora se condenava por isso, julgando ser uma ninfomaníaca, uma depravada, pensando que talvez uma prostituta fizesse menos sexo do que ela. Seu choro aumentou.
Uma senhora entrou no banheiro e a flagrou em meio àquelas lágrimas. Era baixa e magricela, de cabelos compridos e cacheados, por volta dos 40 anos.
- Ora, querida, o que aconteceu? O que faz uma bela moça como você sentada nesse chão frio, numa noite linda como essa?
Andréa ergue os olhos, notando a presença da mulher. Deparou-se com um sorriso de dentes pequeninos e grandes olhos amendoados, que lhe transmitiam simpatia e segurança. Ela estendeu a mão e a moça levantou, encostando-se na parede, os olhos baixos.
- Não quer conversar sobre isso? – perguntou a senhora, com voz amável.
Andréa abraçou Augusta com força, imaginando-se nos braços da mãe, e sentiu-se uma adolescente desamparada. Aos poucos, com o carinho que a mulher lhe fazia nos cabelos, Andréa foi se acalmando, parou de chorar e finalmente desenlaçou-se da mulher.
- Desculpe, - ela começou, sem saber como terminar.
- Ora, o que é isso, querida. Vamos lave o rosto, seus olhos estão inchados.
Andréa o fez, sem pensar em nada. Não conseguia mais pensar em nada. Arrumou os cabelos e ia saindo do banheiro quando Augusta a chamou:
- O zíper, querida. Não vai querer sair com ele aberto, vai? – e riu meigamente, parecendo encabulada.
Andréa puxou o fecho para cima e saiu. Olhou em volta para ver se alguém notara sua chegada estrondosa e nem um pouco discreta. Aparentemente ninguém. Sentou-se num banco bem no canto do bar e pediu um drinque forte. Ainda estava com as mãos tremendo, e agora, saindo dos aconchegantes braços ‘maternos’, aquelas cenas de há pouco voltavam a passar incessantemente em sua cabeça. Verificou que ainda estava com a bolsa, pois por sorte, naquele dia, resolvera ir com aquelas bolsas de duas alças, estilo mochila, que não precisara tirar quando tudo aquilo aconteceu.
A vodca desceu quente e escorregadia, e embora o álcool não tivesse anestesiado o cérebro, ela não pediu outra dose. Ficou ali sentada, olhando aquelas poucas pessoas, enconstada na parede, pensando em como faria para chegar ao carro.
- O que houve? Eu vi você correndo lá rua, aconteceu alguma coisa?
Era Marcelo Krupits.
deh [3:34 PM]
sexta-feira, fevereiro 07, 2003
Capítulo 18 [nEm tD quE paReCe, é..]
“ André acordou lá pelas dez da manhã, revigorada, feliz, e estranha, por sentir-se tão bem. Resolveu dar uma arrumadinha na casa, limpou o banheiro, tomou banho e arrumou-se para ir trabalhar.
Já quase no fim do expediente, ela viu Kaiovani no corredor de bebidas, de onde ele acenou com um sorriso de dentes amarelados. Ela sorriu também, mas desviou o olhar e distraiu-se, esquecendo da presença dele ali. Durante o dia, aliás, tentara se convencer de que não tinha mais 13 anos para ficar apaixonada pelo primeiro cara que a tira para dançar e lhe dá uma carona até em casa. Definitivamente, ela não estava muito disposta a acreditar que estava gostando de um cara que ela mal conhecia! Mas como não podia fazer muito contra isso, tentava convencer-se, inutilmente, do contrário.
Quando o relógio do açougue, o único do mercado que Andréa conseguia enxergar de onde estava, marcou 22:00hs, ela começou a prepara-se para sair. O movimento já estava fraco há quase uma hora, e não teve atrasos: o uniforme consistia numa camisa de gola pólo com o emblema do estabelecimento. Por baixo, ela vestia uma blusinha preta, que ajeitou depois de guardar o uniforme na sacola. Saiu.
A rua estava estranhamente deserta, até o barzinho estava sem movimento (hoje não tinha música ao vivo), e ela sentiu um calafrio percorrer-lhe a espinha. O ponto de ônibus ficava longe, mas para sua sorte, conseguira uma vaga um pouco mais perto, quando chegara de carro no começo da tarde. Dirigiu-se para lá a passos rápidos, pois estava com uma sensação ruim. Pensou em estar sendo seguida, mas não conseguiu olhar para trás. Não havia nenhum estabelecimento aberto àquela hora, e ela então usou o truque do interfone.
Parou em frente ao portão de um prédio e fingiu que tocava o interfone. Esperou um tempo, que seria a suposta resposta e então disse:
- Não está abrindo, tenta...
Mas antes que pudesse terminar a frase um cara alto a segurou pela cintura e a empurrou até um canto escondido, numa espécie de corretor escuro e sem movimento.
- Por favor, não machuque. – foi o que ela conseguiu dizer.
- Mas eu não vou te machucar querida. Eu só quero ter uma.. conversinha com você. – disse a voz com hálito de cigarro e alguma outra coisa que ela não conseguiu identificar. – Não adiante tentar me enganar, eu que você não ia visitar ninguém, eu não burro.
Ele falava em seu ouvido, prensando o corpo dela na parede do corredor, e segurando seus braços também encostados à construção. Começou a beijar-lhe o pescoço, tentando alcançar boca, que ela tentava desviar inutilmente. Ele largou uma das mãos, segurando os dois braços com a outra e segurou o rosto dela, violentamente, imobilizando-o e conseguindo assim beijar-lhe a boca. Andréa sentia vontade vomitar, o gosto dele era horrível. Soltando seu rosto, ele abriu ligeiramente o seu zíper, e logo em seguida o dela; abaixou as duas calças e começou a passar a mão em Andréa. Ela começou a chorar, tentou com ainda mais força desvencilhar os braços, tentou fechar as pernas (que ele mantinha abertas com as dele), e então, como não conseguia gritar, tentou outra coisa. Um lapso de consciência em meio a tudo aquele pânico e ela teve uma idéia.
Parou de espernear e relaxou o corpo, buscando a boca dele que na hora aceitou aquela oferta.
- Boa menina – murmurou ele.
Abrindo o olho um pouquinho, e fechando-o logo em seguida, ela identificou Kaiovani.”
deh [9:27 AM]
Capítulo 17 [a v0Lta duX kE n0m foRum..]
“ Alfredo acordou alegre e bem disposto. Sentiu vontade de comer um enorme sanduíche de presunto, queijo e ovo que vendiam na padaria ali de baixo, mas lembrou-se do regime, e pegou-se pensando que seria mais atraente à Andréa se fosse um pouco menos gordo.
Pronto, então era aquilo, conhecera-a ontem à noite e agora fazia coisas para agrada-la? Abriu a geladeira, mas sabia que não era só por causa dela, e resolveu tomar apenas um copo de suco. Aliás, precisava comprar mais daqueles pacotinhos semivazios com uns pozinhos semi-incolores que dão um semigosto de qualquer coisa na água semilimpa com a qual ele enchia a jarra da geladeira. E precisava comprar também daquelas barras de cereal que fingem que alimentam enquanto você finge que se sacia, e algumas coisas diet pra passar no pão, já que sem pão ele não passava.
Supermercado. Era uma coisa que ele definitivamente não suportava. Pra que trem mais chato do que entrar correndo num galpão enorme e pseudo-semi-dividido assim que ele abre uma frestinha nas suas portas, enfiar alguns produtos ditos de primeira necessidade, alguns de segunda e uma coleção de terceira, quarta e quinta, pagar uma fortuna por quase nada de útil, v0ltar pra casa, jogar tudo na cozinha, guardar só u que é de geladeira e sair voando pro trabalho? Quer dizer, não necessariamente ele tinha de ir ao supermercado ANTES do trabalho, mas quem disse que depois ele ia? Se já antes era difícil..
Ele lembrou da irmã, tinha mesmo que ligar para ela, não podia ir ao supermercado hoje. Lá já era quase hora do almoço, será que ela ia atender ao telefone? Bem,, podia deixar recado na secretaria, assim ela saberia que não esquecera dela. Vasculhou umas gavetas aqui e acolá e acabou achando o número.
Bingo! Ela não estava, f0i a secretaria que atendeu, com uma mensagem que o inglês ainda meio precário dele pôde entender. Ele não esquecera dela: não esqueci dela,, digo, de você.. te ligo outra hora, mana! Beijo..
Assim que desligou o telefone, este tocou e ele atendeu na hora, com voz de feliz.
- Alô!
- Alô. Adivinha quem é.
- Não sei. – respondeu ele.
- É alguém que não te esqueceu.
- Ainda não sei. – ele já estava sorrindo. Não é que Andréa era mesmo divertida?
- É uma mulher. Minha última dica.
- Desisto. – disse ele.
- G! – respondeu a voz do outro lado da linha..
deh [9:26 AM]
quarta-feira, fevereiro 05, 2003
Capítulo 16 [aDuLt0s (?) r0xX!..]
“ Quase uma hora da manhã Alfredo lembrou-se que tinha que trabalhar no dia seguinte, e desculpando-se, disse que precisava ir. Ela disse que o acompanhava, também estava indo, tinha que pegar o ônibus antes que entrasse no horário mais caro.
- Ah, eu te levo.
Ela recusou, era do outro lado da cidade, mas ele insistiu, e ela acabou aceitando, mesmo insegura. Ele a deixou em casa entregando-lhe um cartão seu e prometendo-lhe uma visita. Essa última frase fez Andréa sorrir e não conseguiu fazer nada além disso. Ele arrancou e saiu cantando pneus. Ah!, lembrou ela, foi ele que eu vi aquele dia no salão. Mas era uma informação desnecessária, pois ela já simpatizava com ele.
Ela entrou no hall, pegou a correspondência acumulada de quase um mês e subiu. Espalhou os papéis em cima da mesa. Havia alguns quilos de panfletos, que ela resolveu ler quando imaginou o trabalho que tinha tido o cara de botar isso em todas as caixas: desentupidora, dedetizadora, pizzaria, outra pizzaria, mais um da primeira, perca peso, promoção da loja da esquina, festa-show de não sei quem, e uma propaganda eleitoral que devia ter sobrado das ultimas eleições no fundo da caixa. De cartas, bem, vejamos: a conta de água, normal, a de telefone, só a assinatura, (pra quem ela ia ligar?), a de luz, alta, talvez por causa da tv, uma carta de uma loja dizendo que ‘o seu crediário já acabou, você já pode fazer novas compras a prazo’ ( RaXgUiTi!, essa ela rasgou, não queria mais dívidas); ah! Tinha uma carta da sua mãe, dizendo que ia passar uns tempo na casa da tia Vareidji, e que não poderia ligar de lá mas que ia pensar muito nela, que era para ela se cuidar, a cidade estava cada vez mais perigosa, e tinha um telefone em caso de emergência. E era isso, nada mais de cartas.
Andréa ficou lembrando da noite e pensando em como tinha sido diferente: era uma das primeiras vezes, desde os 17 anos, que saia com algum cara não ficava com ele logo no primeiro dia, um cara com quem podia conversar, com quem se sentia a vontade bem, apesar do desastroso ‘primeiro encontro’ deles na boate, e todas essas coisas. Era muito melhor assim, sem uma transa logo de cara, sem beijo, sem propostas indecentes, sem uísque e sem pacotes de camisinha sumidos. Riu. A noite fora maravilhosa, e ela sonhou com sua casa na zona norte, Alfredo com seu lindo sorriso branco e um jardim bem cuidado onde eles se sentavam para ver o sol se pôr..”
deh [8:48 PM]
terça-feira, fevereiro 04, 2003
Capítulo 15 [HAUhaUHAhaUHhaUA]
“ Ela não acreditou. Ficou vermelha, largou-se e escondeu o rosto entre as mãos, pedindo mais desculpas do que pedira para Ge. Contou-lhe que a namorada dele também a tinha reconhecido e fora até falar com o gerente.
- Ela não é minha namorada, – apressou-se ele em dizer – nunca foi.
Mas isso não importava, ela estava realmente arrependida do que fizera. Não era seu habito, ela explicou, mas acontecera, e ela não sabia até quando teria de pagar por (mais) aquele erro. Ele disse que com ele, ela estava quite, e eles riram. Ele tinha um sorriso gostoso, pensou Andréa.
Ele questionou porque ela bebera tanto, e apesar dele se sentir um intrometido por fazer tal pergunta, ela respondeu, contou a historia do ex-namorado e falou da vontade que sentira de poder fazer coisas que não tinha costume de fazer. Falou que apesar de saber que não era a pessoa mais educada do universo, não tinha o hábito de apertar a bunda das pessoas. Riram, mas era sério. Não podia ser quem eu sou, disse ela, baixando a cabeça.
- Por quê?
- Porque já tínhamos terminado por causa disso. Quer dizer, não exatamente, mas ele não gostava mais de mim, não do jeito que eu era, e pensei que tinha de ser diferente. Quer dizer, eu não comecei a beber por causa disso, mas quando eu o vi, foi como se todo o pouco álcool que eu tinha no corpo me fizesse beber mais, entende? me fizesse tentar de qualquer jeito. Foi uma baixaria, eu sei, e hoje eu sei que ele não merecia isso. Não vou mentir pra você, e dizer que eu não gosto mais dele, que posso passar por ele e não tremer, que ele não significa mais nada pra mim. Mas ao menos tenho consciência que ele não merece nada do que eu fiz por ele, e é por isso que não vou fazer mais nada, não vou gastar minhas forças com quem não merece. Ai, eu falo pra caramba, né?
Ele riu. Foi gentil e disse, que não, e realmente não achara que ela falava demais.
- Ao menos você sabe conversar, não é como eu que pareço que nem sei falar.
Riram de novo. E daí pra frente, a grossa camada de gelo que existia entre eles quebrada, a noite foi alegre e deferente. Ela o achou divertido, inteligente e atraente, e ele a achou bonita e, apesar de não ser muito inteligente, era mais do que deixava transparecer.
deh [11:38 PM]
segunda-feira, fevereiro 03, 2003
Capítulo 14 [Tão esTRaNHu]
“Amor, tanto faz, essa noite, eu só quero dançar, tudo noite com voce.. a musica era uma baladinha gostosa, e ao invés de pularem como condenados, a massa ao redor do palco se balançava lenta e deliciosamente, pensando provavelmente em um monte relacionamentos que haviam tido, ainda tinham ou teriam, ou gostaria de ter, enfim.
Alfredo sentiu vontade de dançar, o que era estranho e sem sentido, pois ele não fazia isso nem quando tinha 17 anos. E mais estranho que isso foram os impulsos elétricos que moveram seus (ainda) gordos músculos coxais em direção a loira bebinha apertadora de bundinhas sadrog, e perguntou se ela gostaria de dançar. A pergunta espantou a ambos. Mas ela sorriu e disse que sim, e como alguns casais de namorados já faziam, eles dançaram abraçadinhos, enquanto conversavam um pouco.
Alfredo notou que ela não estava com uma roupa vulgar, como ocorrera há uma semana, ao contrário, vestia uma calça jeans e uma blusa sem mangas e de gola alta feita de um tecido leve. Conversando, ele descobriu que ela trabalhava no mercado ao lado, que tinha 27 anos e morava num apertamentinho nu subúrbio, tinha um carro velho e era solteira desde sempre. Ela também descobriu que ele corretor de imóveis, aos 29 anos morando sozinho num apartamento de um quarto, numa região boa da cidade, tinha um carro preto e uma irmã exportada.
Alfredo sentiu-se estranho por estar se sentindo tão atraído por uma moça que acabara de conhecer [?] e de quem já sabia mais que o habitual ‘qual se nome, onde mora, quantos anos’, mesmo que ela nem sonhasse que ele sabia isso. Em um dia comum, ele nem teria tocado no assunto, mas estava se sentindo um otário por engana-la, e solidariamente lembrou-se das inúmeras bobagens que fazia quando estava bêbado.
Andréa também estava se sentindo estranha, porque apesar dele fazer seu tipo físico e, pelo que pudera notar, suas personalidades também se encaixassem, ela não tinha vontade de transar com ele. Quer dizer, tinha, mas não era só isso. Achou-se tola, sentiu-se estranha. Além disso, tinha a impressão de que já o vira em algum lugar, mas como geralmente acontece com as pessoas, não conseguia lembrar-se de onde..”
deh [6:38 PM]
sábado, fevereiro 01, 2003
Capítulo 13 [c0iNciDenciAs?]
“ Alfredo chegou em casa uns 20 kilos mais leve, depois de ter tirado aquele peso da consciência. Era maravilhoso poder atender o celular novamente sem se preocupar, olhar as mocinhas gostosinhas e acerebradas na rua. Depois dessa, pensou ele, ia demorar um bocado até uma nova crise de ‘preciso de alguém’. AhhH! Aquilo era maravilhoso, ele se sentia na po0rta do céu,, só não estava disposto e entrar.
Resolveu comemorar, mas do seu jeito. Nada de boates barulhentas e cheias de alcoólatras, nada de kilos de jovens se remexendo a0 som de um bate-estaca ensurdecedor. Escolheu algo mais calmo e aconchegante, como um bar com música ao vivo, mesas cheias e pessoas ainda não alcoólatras bebendo e rindo, curtindo a parte boa da vida e deixando de lado a parte do ‘nós não temos mais dinheiro’.
Apesar do perigo que tem se tornado andar nas ruas ultimamente, ele preferiu ir a pé, sentindo a brisa fresca em seu rosto, vendo o movimento agitado da cidade com um pouco menos de pressa, não integrando-se àquela maquina veloz e passageira que parece não acabar e acaba antes mesmo de começar. Riu. Eram apenas bobagens românticas, pensamentos que costumava ter quando se sentia bem, e fazia já algum tempo que não se sentia daquele jeito. Até estava admirado de estar se sentindo assim.
A realidade é que as coisas estavam mesmo diferentes na sua vida; era como se só agora, passada já há muito a sua adolescência, ele estivesse começando a notar coisas que já deveria ter notado: como é bom estar em cia, desde que ela seja boa, como é bom poder andar de carro (ao invés de reclamar o tempo inteiro que a porcaria do CD fica pulando), como ajuda ter um emprego com um bom salário, mesmo que sua escrivaninha não seja suficientemente grande nem pra colocar a pasta em cima, como facilita ter um computador, ainda que ele não seja nem um pouco novo, e essas coisas que habitualmente a gente descobre quando está amadurecendo (bem, isso efetivamente ainda não acontecera com ele) ou quando começa a perder aquilo pra que nunca demos valor.
Lembrou da irmã, que morava nos Estados Unidos, sempre ligava para ele e ele nunca tivera a decência de fazer o mesmo. Quando chegasse em casa tentaria encontrar o telefone dela.
Chegou finalmente a um bar claro e movimentado, além de eclético, em termos de faixa etária. Apesar de seus quase trinta anos, ele gostava de conviver, embora não excessivamente, com aqueles adolescentes cheios de hormônios e vivacidade. Era como se ele ainda fosse tão jovem, coisa que talvez não fosse sem de espírito.
Pediu uma coc0-cola e ficou assistindo a bandinha, que começou tocando emepebês e depois de um determinado horário, quando a lotação de jovens ultrapassava a de adultos sux, eles começaram a tocar uns rocks leves, passando um pouco para alguma coisa mais heavy e depois mantendo-se no estilo rock moderado.
Alfredo gostou da seção Legião Urbana, e lembrou saudoso de sua adolescência, regada a rock nacional, festas e mt bebida. Lembrou também que não costumava se importar com a falta de cia feminina quando estava em um ambiente agradável e cercado de amigos. Por onde será que andariam Rafael paStel, Marcelo, Ricardo, Tonho Bobão, Chico? Alias, tinha encontrado Chico esses dias, casado com uma magricela mandona, pai de dois pestinhas de dedo no nariz e todos dentro de um apertado Fiat 147; quase não o reconhecera, e essa sensação piorou quando deu ‘oi’ e Chico apenas abanou a mão de longe e arrancou o carro, sem nem ao menos um ‘mé que tais’. Tinha sido realmente estranho. AH! E encontrara o Tonho Bobão, também casado e com um filho super educado, diferentemente dos filhos do Chico.
Pediu um suco: ele nem podia tomar refrigerante!, embora, soubesse, não seguisse essa recomendação mt a risca.
Algo chamou sua atenção: uma mossa de cabelos longos e loiros, oxigenada, ele sabia, sentara-se a alguns bancos de distância, de costas, e se balançava discretamente ao som de Nenhum de Nós. Não estivera procurando por ninguém, mas já que ela estava ali, não, é? Mas lembrasse bem da ultima vez que encontrara com uma mulher na noite, e não queria repetir a dose, muito embora não pudesse deixar de dar umas olhadinhas de vez em quando. Desanimou um pouco quando a viu cumprimentar um rapaz, que Alfredo notou, a olhava de modo especialmente malicioso. Queria poder ver se os olhos dela respondiam a isso, pensou ele. Para sua alegria, eles não conversaram mt tempo, pois na h0ra em que o cara tentou beija-la, ela desviou o rosto, e ele aparentemente não fazia mais questão de ficar ali.
Alfredo riu. Riu mais ainda quando viu que a moça era aquela bêbada da boate, que apertara a sua bunda. Corou levemente, lembrado da cena. Ha! Riu ele novamente, ela parecia bem santa quando não estava sob efeito de álcool, e logo imaginou: ela num taier, de cabelo preso e um sorriso de ‘pois não, senhor’, tomando então alguns goles de um bom vinho, e logo em seguida vestida de tiazinha, num corpete de couro preto, fazendo um strip tease no quarto de um motel decente, de lençóis branquinhos, e após uma boa noite de amor, ela já sóbria, tomando banho e escondendo-se com a entrada dele no banheiro. Sorriu, julgando-se um adolescente por pensar uma bobagem erótica como essas.
deh [4:03 PM]
quarta-feira, dezembro 11, 2002
Capítulo 12 [A iDa duX kE n0m VieRuM..]
" G ligou pela décima nona vez para Alfredo, que finalmente atendeu, de má vontade. Ela chorou um bocado, disse que estava precisando desabafar, que gostaria de se encontrar com ele, que nessas horas eh ke a gente precisa de um ombro amigo. Ele naum teve saída. Enfiou seu traseiro gordo dentro de seu black-car e saiu, desejando kem sabe nunca chegar.
O porteiro do prédio naum se espantou qdo ele disse ke viera ao apartamento 501, e mandou subir sem nem interfonar (Alfredo naum sabia, mas u interfone estava kebrado a mais de mês..). nem foi preciso tocar a campainha, pois a porta jah estava entre aberta. Alfredo entrou de mansinho.
G estava numa camisolinha preta (ke ela chamava de 'sensual'), e abraçada num travesseiro, chorando compulsivamente (o ke ele considerou como um drama desnecessário). Ao vê-lo correu (milk shake bombando) e o abraçou, propositalemente com um contato corporal excessivo, ke deixou Alfredo desconcertado.
- Oh, desculpa eu estar assim de camisola, mas eh ke eu estava taum deprimida ke naum tinha nem animo de me trocar. Mas ke bom ke vc esta aki agora.. eh taum bom estar pertu de kem a gente gosta numa hora dessas!
Ele estranhou,, esse papo estava muito eskisito. Ele jah vinha pensandu a respeito de sua (ainda não) relassaum com G, e chegara a conclusaum ke apesar de bonita e aparentemente inteligente (as aparências enganam) ela naum era o tipo de pessoa kom kem ele gostava de estar. Evitara atender aos telefonemas, arrumara compromissos na hora dos encontros, mas naum podia perpetuar akilo. Alfredo era extremamente exigente qdo se tratava de uma companhia, e ele mesmo naum entendia pq procurava uma acompanhante em lugares como casas noturnas, como acontecera com G. Ele nem mesmo gostava de dançar.
Tirando um pouco o korpo do abraço, u ke fez com ke ela (finalmente!) o largasse, ele foi ateh uma cadeira e sentou. Depois levantou-se rapidamente com a aproximassaum dela e disse ke estivera pensandu.
- Eu naum estou a fim de uma relecionamento nesta fase da minha vida. Eu sinto muito se eu acabei te dando esperanças, mas na verdade eu naum me dei conta du ke estava fazendu. Você e eu, nós nem conseguimos construir uma amizade. Pra mim eh mt cedo, e eu gostaria de me afastar de voce, para poder pensar um pouko. E se depois eu perceber ke efetivamente estou gostandu de vc, eu volto a te ligar.
Ela fikou bokiaberta. Ele fez um gestos apressados, deu um tapinha nas costas dela e saiu, educadamente, sem bater a porta.
- Já? - perguntou o porteiro, mais indixcreto impossível. Alfredo num respondeu, nem ouviu. - Eh ida dux ke n0m VieRuM.."
deh [8:57 PM]
quinta-feira, dezembro 05, 2002
Capítulo 11 [Agora sabix ke pah, neh!]
"- Minha senhora, eu muito lamento ke uma pessoa aparentemente estudada desça a um nível tal a ponto de tentar desempregar uma jovem balconista por ciúme. Quero que saiba que não a demitirei, assim como não farei nada com relação a isto, pois a vida pessoal de meus funcionários naum diz respeito a mim. Fui claro?
G esgangou. Seus olhos estavam arregalados e boka entreaberta. Balbuciou meia dúzia de 'ahm', mais ou menos como os grunhidos do Fabiano de Graciliano Ramos, e depois saiu a passos rápidos, cantando pneus.
O gerente, ao contrário do que tinha dito, foi conversar com Andréa, para saber ateh onde aquilo era verdade. Mas o restaurante começou a encher e o rapaz teve de sair, combinando ke conversariam após turno dela, quando o bar estivesse mais vazio.
Quando o mercado fechou, Andréa foi bar, ainda movimentado, e sentou-se numa mesa com duas cadeiras, a fim de ke Augusto, o gerente, tivesse onde sentar quanod fossem conversar. Mas isso demorou. Ele teve de atender a todos os que chegavam, providenciar cerveja para os integrantes da banda e depois ainda explusar uns bêbados arruaceiros. Quando o terceiro ato do show acústico começou, ele veio sentar-se com Andréa.
Depois de lhe contar rapidamente o ke G lhe dissera, questinou sobre a veracidade das informações. Muito vermelha Andréa confirmou, e disse ke naum era de seu feitiu se embebedar dakele jeito, ke tivera motivos, mt pessoais para tal. Ele perguntou se podia saber, naum como superior, mas como amigo ke pretendia ser dela daki pra frente. A mt tempo ke ela estav aprecisando falar dakilo, e sentiu segurança nele.
Contou toda a sua hst com o ex namorado, as juras de amor, akela coisa ke ela nc tinha sentido antes, e como ele passara a despreza-la, e como as coisas estavam se tornando ruins, ateh a parte em ke ela rsolveu terminar o namoro e tentar partir pra outra. Depois de muito athe ke conseguira, contou com uma ponta de orgulha. Augusto sorriu.
O show acabou e ele levou a banda para conhecer sua nova amiga.
- Esse é Marcelo krupits, e esse é o Kaiovani krupits, eles saum os fundadores da banda.
Kaiovani e Andréa trocaram olhares."
deh [9:10 PM]
Capítulo 11 [Agora sabix ke pah, neh!]
"- Minha senhora, eu muito lamento ke uma pessoa aparentemente estudada desça a um nível tal a ponto de tentar desempregar uma jovem balconista por ciúme. Quero que saiba que não a demitirei, assim como não farei nada com relação a isto, pois a vida pessoal de meus funcionários naum diz respeito a mim. Fui claro?
G esgangou. Seus olhos estavam arregalados e boka entreaberta. Balbuciou meia dúzia de 'ahm', mais ou menos como os grunhidos do Fabiano de Graciliano Ramos, e depois saiu a passos rápidos, cantando pneus.
O gerente, ao contrário do que tinha dito, foi conversar com Andréa, para saber ateh onde aquilo era verdade. Mas o restaurante começou a encher e o rapaz teve de sair, combinando ke conversariam após turno dela, quando o bar estivesse mais vazio.
Quando o mercado fechou, Andréa foi bar, ainda movimentado, e sentou-se numa mesa com duas cadeiras, a fim de ke Augusto, o gerente, tivesse onde sentar quanod fossem conversar. Mas isso demorou. Ele teve de atender a todos os que chegavam, providenciar cerveja para os integrantes da banda e depois ainda explusar uns bêbados arruaceiros. Quando o terceiro ato do show acústico começou, ele veio sentar-se com Andréa.
Depois de lhe contar rapidamente o ke G lhe dissera, questinou sobre a veracidade das informações. Muito vermelha Andréa confirmou, e disse ke naum era de seu feitiu se embebedar dakele jeito, ke tivera motivos, mt pessoais para tal. Ele perguntou se podia saber, naum como superior, mas como amigo ke pretendia ser dela daki pra frente. A mt tempo ke ela estav aprecisando falar dakilo, e sentiu segurança nele.
Contou toda a sua hst com o ex namorado, as juras de amor, akela coisa ke ela nc tinha sentido antes, e como ele passara a despreza-la, e como as coisas estavam se tornando ruins, ateh a parte em ke ela rsolveu terminar o namoro e tentar partir pra outra. Depois de muito athe ke conseguira, contou com uma ponta de orgulha. Augusto sorriu.
O show acabou e ele levou a banda para conhecer sua nova amiga.
- Esse é Marcelo krupits, e esse é o Kaiovani krupits, eles saum os fundadores da banda.
Kaiovani e Andréa trocaram olhares."
deh [9:09 PM]
segunda-feira, dezembro 02, 2002
Capítulo 10 [Shits happen!]
" Andréa a olhou curiosa e perguntou se a conhecia. G axou ke ela estava sendo cínica e, de dedo em riste, lembrou dakele dia na boate. Andréa não lembrou do ke fez, descupou-se, muito vermelha, e explicou ke estava bêbada. Depois de pedir mais algumas desculpas por o que quer ke tivesse feito, colocou o saco de frutas na cestinha de G, ke estava sobre o balcão.
A cliente amansou, pegou a cesta e disse ke Andréa, na idade ke estava devia ser mais responsável e naum dar vexames do tipo. Ela concordou e começou a atender uma menina ke pesava maçãs.
G foi ao caixa, pagou e perguntou pelo gerente. Ele estava sentado no bar, de blusa social vinho, e ela foi falr com ele. Perguntou se era ele kem selecionava os funcionários, e diante da resposta afirmativa, questionou a quanto tempo 'akela mossa' trabalhava com eles. Ele respondeu ke era o primeiro dia dela. E G destilou seu veneno, disse ke jah a vira bêbada de noite, chamou-a de promiscua e disse ke denegriria a imagem do mercado. O gerente levantou-se, e ela G o fez também; ele estendeu a mão, ke ela apertou com gosto, certa de ke conseguira a demissão de Andréa. "
deh [10:02 PM]
sábado, novembro 30, 2002
Capítulo 9 [Gê vai às compras]
"Gê saiu do trabalho e foi dar umas voltas de carro. Tantara falar com Alfredo, mas ele naum atendera. Deixara uma menságem. E como estava sem nada pra fazer resolveu gastar gasolina, que está barata ultimamente, naum? lá pelas oito horas, depois de uma passadinha básica no shooping, ela passou em frente a uma merceaira com uma lanchonete acoplada. Tinha música ao vivo e um grupo razoavelmten numeroso de pessoas. Ela estacionou do outro lado da rua e resolveu entrar. Sentou-se numa mesa de canto e fikou ouvindo.
A banda krupits tinha o guitarrista e volcalista, o baixista e o baterista, mas estava fazendu uma apresentação acústica, sem bateria, e com dois violões. O som era diversificado e a acústica era boa. A cerveja era gelada, a porção de batatas não era tão engordurada, o garçon não demorava para chegar e sair. Quando os Krupits deram um tempo para uma água, ela resolveu dar uma volta pelo mini-mercado. Axou-o agradável e bem organizdo, pena ke fosse taum longe de casa. Perguntou, mas naum faziam entrega em domicílio. Depois de passar pelas geladeiras e escolher um saco de iogurte pro cafeh da manha do dia seguinte, ela foi à verdureira.
Andréa estava sentada num banco alto, pesando uns gramas de banana de uma senhora idosa, ke falava do filho médico que trabalhava na rede pública e tinha um escritório particular no centro da cidade, com cadeiras e mesas brancas e com recista CHIQUES E FAMOSOS na recepção. Era só uma velha ke keria um pouco de atenção, oisa ke ninguem nesse país tem capacidade de dar dps ke um pessoa passa de seus 50 anos, e Andréa estava ali para ouví-la. Provavelmente, pensou ela, a velha naum prentendia comprar mais ke as duas maçãs inicialemente pessadas, mas depois de perceber ke teria um pouco de atanção, lembrara-se de ke tb faltavam peras, laranjas, tomates, cebolas e bananas. Depois de comcluir o assunto com um: ele é um rapaz taum bonito! qqr dia eu vou trazê-lo aki para te conhecer!, a senhora pegou suas compras e rumou para o caixa. Gê juntou uma goiabas num saco e foi à balança. Quando levantou a cabeça, após o 'boa noite' de andréa, Gê identificou-a:
- Você?!!"
deh [3:41 PM]
quinta-feira, novembro 28, 2002
Capítulo 8 [Pêra, uva, maçã e canção]
" Andréa saiu da loja e passou numa banca de jornal. Procurou os classificados e dirigiu-se ao local mais próximo. Era um mini-mercado com uma lanchonete acoplada. O lugar era limpo e claro, os funcionários tinham uniformes e os produtos tinham preço. A vaga não era específica, os funcionários rodiziavam as funções, de modo a saberem atender em qualquer área que viesse a precisar.
O dono do mini-mercado, um cara alto e gordinho, era quem estava entrevistando, e gostou de saber que Andréa jah tivera experiência em bar. É claro que o dele era bem melhor, com clientela mais bem apessoada, aimentos selecionados e essas coisas. Os salgados eram de forno, e não friots e engosrdurados como os de D. Mauêva. Os refrigerantes eram de máquina os lata, com copos descartáveis e branquinhos, e não de vidro sempre sujos e grudentos como os do antigo emprego. Ele contatou-a, precisava de alguém urgente para cobrir um funcionário que se demitira repentinamente e julgou que ela servia para a vaga. Levou-a até a verdureira, e explicou como seria o serviço. Era só manter as frutas organizadas, e pesar. Simples, e necessário. E depois, quando as funções rodiziassem, ele ensinaria o que fazer nas outras áreas. O horário seria de tarde e de noite, pois o supermercado fikava aberto até meia-noite.
A verdureira era perto do bar, e de onde fikava, Andréa podia ver o movimento da lanchonete, e distrair-se, enquanto não atendia, ouvindo a música do restaurante. Pêra, uva, maçã e canção."
deh [6:54 PM]
quarta-feira, novembro 27, 2002
Capítulo 7 [Ge arruma um novo emprego]
" Ge resolveu sair para arrumar um emprego, pois com a crise argentina uma parte de seu dinheiro fikara preso e ela não estva a fim de keimar u resto da reserva. Depois de comprar o jornal e circular alguns anúncios sentada no banco da pracinha em frente ao seu apartamento, achou mais pratico deixar a busca para amanhã.
Voltou pra casa e resolveu ligar para Alfredo, tentando marcar um encontro, tentativa frustrada. Ligou então para o Maurício, um fikante ocasional, kom kem marcou um encontro. Ele a pegou de carro e foram para um motel na beira da estrada.
Ge voltou para o carro de cara fechada. Maurício resolveu não comentar sobre o assunto, apenas, na hora de despedir-se, disse que da próxima vez funcionaria. Ela olhou com cara de: ke próxima vez? E saiu sem olhar pra traz.
Ao entrar, viu o jornal em cima da pesa, pegou-o, bebeu um copo d'água e saiu. Depois de visitar alguns estabelecimentos, cujas vagas já haviam sido preenchidas, ela entrou num local sujo e escuro. Mas keria um emprego, naum keria? Procurou a moça de que falava o anúncio e, após uma breve entrevista, foi contratada.
- Obrigada, Dona Marlene. Até amanhã!
Era a mais nova funcionária de GRIFTTER&WHELLHANSOM Arquitetura e Decorações."
deh [10:22 PM]
terça-feira, novembro 26, 2002
Capítulo 6 [Cai fora!]
" Andréa acordou com o telefone tocando, eram nem seis horas da manhã. Era trote. Ela xingou as ultimas kinze gerações du desgraçadu e levantou-se, pois teria ke faze-lo em meia hora, achou melhor já fikar acordada. Lavou o rosto e tentou pentear o cabelo, chegando à conclusaum de que seria melhor tomar um banho, que serviria também para acorda-la melhor. O chuveiro estava frio, mas o dia também já amanhecera fervente, abafado, sufocante. Sorte que Andréa não suava muito, e o calor não a incomodava ttu assim.
Desce e ligou o carro: a gasolina estava acabandu. Abriu a carteira: o dinheiro também. Achou melhor usar u vale transporte e pegar um ônibus básico. Ele kebrou; ela se atrasou. Chegou esbaforida na lanchonete, já cheia de gente de todos os (baixos) tipos de gente. A patroa, entre um café e outro, enkuantu preparava três bandejas ao mesmo, fuzilou-a com o olhar. O dia estava prometendo.
Quando, já pertu de dez e meia, o movimento diminuiu, Andréa enfim sentou-se e descansou seus pés du tamanco salto 10. Dona Muêva, já feia por natureza (uma bem morta e deformada), franziu o cenhu e partiu pra cima da moça.
- você chegou atrasada, logo hoje ke era seu dia de pegar de manhã, e vc viu a kuantidade de gente ke tinha aki? Eu kemei dois ovos, os clientes naum paravam de reclamar, us cafehs esfriaram nas xícaras, PQ VC NAUM ESTAVA AKI. Eu estou cansada dessa situação, eu sou sua patroa, eziju um minimu de respeito, tah me ouvindo? Eu naum tou aki pra ter ke aturar esse tipo de coisa, eh de mim ke depende o seu salariu, viu, mossinha? - e qse num muchocho - Naum sei onde eu estava com a cabeça qdo aceitei a idéia du falecido Hedgard de te dar essi emprego.
Andréa estava com cara de entediada, de kem jah se acostumara àkilo. Mauêva sacudiu a cabeça, deu de ombros e disse:
- Eu vou lhe avisar pela primeira e ultima vez...
- Nem precisa! - foi a gota d'água da mossa. - A senhora diz issu todos os dias. Eu ke tenhu kulpa se a porra du ônibus kebrou? A culpa foi minha? Responde!
- Cai fora! Vc está demitida por justíssima causa!
- eu nem tinha carteira assinada! Pode pegar esse empreguinhu nojentu e enfiar! Eu vou fazer kestaumd e passar aki na frente soh pra ver a senhora di lascandu di tto trabalhar pra naum dar conta do recado. Eu voh kerer ver a senhora levandu cantada de um bandu di bêbado, e keru ver um monte velhos idiotas passandu a maum na sua bunda e se achando o máximo. Fike com esse emprego. EU me demito! "
deh [8:49 PM]
sábado, novembro 23, 2002
Capítulo 5 [TRiiiiiiiiiiM!]
Andréa acordou com enxaceca.. estava tentandu lembrar du ke acontecera na noite anterior. Se vestido estav rasgado, o ke ela lamentou mt, e naum pôde encontrar sua calçinha. Ao menos encontrou a bolsa da HuGLy ViTóRia, e por incrivel ke pareça ela estava com tudo dentor. PutTz! tudo naum, o pacote de camisinhas naum estava mais lah, e andréa, ke tb num era taaaaaaaum burra, logo imaginou o ke ela teria feito ontem a noite, depois dekele porre. Mas pq mesmo ke começara a beber, perguntava-se ela? AhhH, sim.. foi depois ke vira Gustavo, seu ex-ex-namorado, com akela feiosa da Camille. Eles haviam terminado há dois meses, ela sabia disso, mas ke podia fazer se ainda gostava dele? tentara eskece-lo com mauricio, mas ele tinha problema de ipotencia, e a tentativa foi frustrada. E agora, ke ke ela podia fazer? bom, com certeza tomar um porre naum adiantou e, droga!, ele agora estava achando-a uma idiota, criança.. e ela naum conseguia nem lembrar se o cara ke,, hmmm,, bem,, era bonitinhu ou nauM! Sua manhã foi horrivel..
à tarde, para naum piorar a situação resolveu dar um passeio pela zona nobre, e vagou à procura de um terreno onde, algum dia, kem sabe, ela construiria uma casa bonita, de jardins floridos, onde um marido ke a amasse muito passaria suas tardes dizendo-lhe coisas romanticas ao peh do ouvido ateh o por do sol, e entaum entrariam na casa, comeriam uma boa comida, colocariam as crianças para dormir, e poderiam transar, mas nuam por puro sexo, mas algo ke valesse mesmo a pena, algo ke significasse alguma coisa.
Voltou pra casa e assistiu o sol se esconder por detras dos predios.. esperou kuase duas horas sentada ao lado do telefone, na esperança de ke Gustavo ligasse para saber como estava, ou de ke a mãe lhe cobrasse ligações mensais, ou ateh mesmo ke o síndico reclamasse por naum haver mais espaço na caixa de correspon decia lotada,, mas ninghuem ligou,, aparentemente ninguem lembrou ke elea existia.. achou melhor dormir de uma vez, a dor de cabeça naum passara, e amanha ela teria de trabalhar nakela porcaria de lanchonete imunda de novo. Mas valeria a pena,, algum dia ela juntaria dinheiro suficiente para comprar sua casa na norte, ela tinha certeza. E fikaria mais facil se a televisaum naum kebrasse, os canos naum enferrujassem, o carro ajudasse, as portas do armario se mantivessem no lugar, e essas coisas assim. Ela ia conseguir, estava certa!
deh [4:22 PM]
Capítulo 4 [Um Bom i um Mau comesso]
Alfredo estacionou o carro e saiu para abrir a porta de G, comu td cara ke sabe como agradar uma mulher faria. Depois de entrarem e sentarem, ele num puxou a cadeira dela (nem td eh perfeito), eles pediram um jantar e conversaram bastantes coisas futeis, e batstantes interessantes. Ao fim da noite, ele a levou em casa e depois voltou ao seu apartamento.
Deitado com seu enorme corpo na sua cama de casal, pensava ele ke talvez dentro de pouco tempo teria companhia para dividir a cama.. o saldo da noite, analisou, tinha sido um telefone de uma garota e um pessimo comesso pro seu regime de vida. Um bom e um mau comesso..
deh [4:21 PM]
Capítulo 3 - [O orgasmo de Andréa] (hUAhuAH,, vamu ver ke tipo de imbecilidade eu escrevu cum essi titulo)
Alfredo tomara coragem para falar cum a mossa, qdo essa passou pertu dele. Só naum sabia u ke dizer, e komessou de modo clássico, porco, tosko mas ke, diante da pessima atitude desse tipo de mulher, funcionou.
- tem um cigarro?
- não. eu naum fumo.
- nem eu, entaum muito prazer, eu sou alfredo.
- prazer eh todo meu, eu sou Maria ângela
Alfredo sorriu e Gê, comu disse ke gostaria de ser chamada, sorriu de volta. Seus dentes naum eram brancos, nem alinhados, e ela estava com hálito de cerveja, o ke naum desagradou o olot odrog Alfredo. como os asultos saum mais chatenhux e prolixos, eles conversaram um bom tempo, tomaram mias algumas coc0-colas, e qdo a musica comessou a animar novamente, Gê convidou nosso amigo pra dançar. Apesar de naum saber, naum gostar e naum kerer, ele axou ke pagaria mais recusandu u convite. Ateh ke num foi taum mal, e subiu muito no conceito 'cara divertido e inteligente e boa companhia' dela.
A noite estava indo bem, até uma loira oxigenada totalmente imbriagada cair em cima dos dois. Gê e aAfredo começaram a afastar-se, pois naum eram pessoas taum indignas a ponto de brigar cum uma toxka bebada nu beiu da boate. Kuando a bebada viu akele gordinhu hyper sexy com akela bunda grande dentro dakela calça social, marcandu a sua cuekinha paertada, ela naum resistiu, camabaleou ateh ele e apertou com tdoa bund'inha' dele. na hora ele parou e a olhou furioso. Ele sorriu maliciosamente e comossou a levantar o vestido.. tsc tsc tsc,, alcool sux du infernu,,
Ele virou-se e continuou a andar, conduzindu Gê para um lugar distante dakela cena ridicula e vulgar.. Um bando de adolescentes rodeou andrea, e ela, alheia a tudo, permitiu ke um rapaz mais ousado "abusasse" dela, ali, nu meiu di todo mundo.. Alfredo jurou nunca mais por os pes nakele lugar, tomou G pelas mauns e levou-a a um lugar mais calamo e descente.. perdeu a melhor aprte: o orgasmo de Andréa..
deh [4:20 PM]
Capítulo 2 [Alfredo vai à luta] UHAuhuAHahUhuaHua
Alfredo tomou banho, secou-se e já saiu suando do banheiro. Colocou uma camisa social, pegou as chaves do carro e saiu de novo. Exugava a texta cum uma mão enquanto a outra segurava o volante, e vice-versa, tudo era válido pra tentar enxugar akela água maldita ke não keria parar de escorrer pela sua testa. Uma gota de suor pingou em seu olho.
- Merda! Tô atrasado de novo!
Ele entrou bufandu, uma mistura de maglao-elefante com búfalo-da-tazmania. A atendente, no seu jaleco verde-água, não demonstrou, mas desaprovou a figura avantajada ke sorria com dentes braquinhos e alinhados. Encaminhou-o à sala do cardiologista, e o diagnóstico não foi favorável. Seus 120 kilos desaprovaram a ideia de emagrecer, mas ele não teve como negar. Era isso ou uma longa visita ao Pai. ele preferiu a dieta.
Saindo do consultório, ele voltou pra casa e tomou mais um banho. Não jantou, pra acostumar com a idéia de não comer. Depois de ver o jornal da noite, levantou-se do sofá velho e confortável e foi até o quarto, onde escolheu uma boa calça e a melhor camisa ke tinha. Era hora de sair da depressão. Já que não podia jantar (consigo mesmo) fora, nem tomar cerveja (sozinho) no abr da esquina, resolveu ir a uma danceteria, onde ele poderia dançar (embora soubesse que não o faria), suar um pouco - a para issu batava fikar paradu nakele kalor- , e, de repente, se acontecesse, kem sabe, arranjar uma mulher (eh claru ke era a unica intensaum, mas vai lah, pq us homins soh sabem dar rodeios)
Estacionou o carro numa vaga apertada de uma loja fechada. Saiu com dificuldade, pagou a entrada e entrou. Logo de cara, sentiu falta da luz, o som era ensurdecedor e as pessoas se moviam num rítimo louco e contagiante. Ele se dirigiu ao bar, e sentiu-se estranho por estar, pela primeira vez em anos, pedindo uma coca-cola (sociedade moderna suborbana controlada por superpotencias mundias e suas multinacionais opressoras e dominadoras de mass). Olhou em volta, procurando alguém. Tomou um gole de refrigerante. Olhou de novo. Focalizou e tensionou se dirigir à moça, mas suas pernas gordas não o obedeceram. Poft, sentou de novo no banco alto do bar. Tomou otro gole de refrigerente. Não desgrudou os olhos da moça, i nem u traseiro gordo da banketa. Novas. Quando a moça aproximou-se, um estimulo elétrico partido de seu cérebro estimulo os músculos coxais e suas pernas (finalmente) se moveram.
deh [4:20 PM]
Capítulo 1 - [AnDRéA vAi À LuTa] (hohoh)
Andréa sentiu um arrepio na espinha qdo viu Alfredo atravessar a rua em direção ao seu carro provavelmente sero, de pintura preta mt bem encerada. Ele enfiou seu corpo gordo e suado dentro do automóvel e deu partida, cantandu pneus pela rua. Andréa tremeu i a manicure reclamou.
Saindu du salaum, a loira oxigenada, de dinhus esticados para naum estragar as unhas pintadas de vermulhu-negro-puta, ligrou u carro e dirigiu duas kuadras taeh xegar a garagem du seu pekeno, apertado, mal decorado e cafona apartamento de kuartu i sala nu suburbiu da cidade. A cozinha tinha azulejos creme-amarronzadu cum uma faixa de frutinhas citricas, uma mesa de mogno velha e uns armarios descasados e bagunçados. Por fora, nd se via, td normal.. ke nem ela, "bonito" por fora e podre por dentro.. ke nem u keijo ke tinha na geladeira velha e enferrujada. A sala tinha um sofa recem comprado, u kuarto uma cama combinando com o armario e uma sapateira descasandu dus dois.
(pausa pq faltou ideia..)
Depois de fikar duas horas sentada na frente da televisaum vendu um programa idiota, andréa resolveu se arrumar pra sair. Estava quente e ela resolveu ke usaria um vestido preto com um cordaum prata, pendendu dele uma enorme cruz cravejada de strass preto, ke entrava no vestido entre os seios. Naum era sexy, se eh issu ke vc estah pensandu, era vulgar ao kuadrado. Já saiu sob us olhares maliciosos (soh?) du porteiro du prediu, um babaca ke naum fazia nada, recebia pra tal, e nem era capaz de cumprir suas funções. Andrea e seus kilos de fios loiros axaram u maximo 'alguem' estar adimirando-as
deh [4:11 PM]
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